quarta-feira, 22 de junho de 2011

Nomadismo por questão de necessidade,,,




Eu já morei em um monte de casas em outro monte de cantos!
As aulas de história ficavam bem mais fáceis quando eu relacionava o assunto "Nômades" com a minha vida. Eu já devo ter morado em mais de 10 casas, fácil fácil e, na sequência, vou tentar lembrar do maior número possível, umas com mais detalhes do que outras, claro. Então vamos lá...

Aaaah... a sequência segue a minha ordem cronológica. Eu posso e , certamente, vou me enganar pois foram várias idas e vindas, várias casas e 3 cidades.

A primeira casa que todo mundo mora é sempre igual pra todos. Pouco importa se você é branco, preto, pobre, rico, adotado, emprestado, alugado ou vendido. TODO MUNDO morou na barriga da mãe! Lá deve ser bom, eu não lembro, mas deve ser sim. Pouca coisa que vem de mãe é ruim - alguns remédios são bem amargos, é verdade, mas na realidade são bons por que servem pra trazer o bem. Enfim, todos nós já moramos numa casa redonda onde a gente ficava de cabeça para baixo - na maioria das vezes-, comendo, cagando e mijando (ou defecando e urinando), pelo mesmo canto (parece nojento, mas não é!). Às vezes tem uma diferença aqui, outra ali, às vezes uns ficam atravessados, outros sentados, às vezes são gêmeos, tri, tetra... Essa casa era bem bacana!

UMA

Depois de ser “despejado” da casa anterior, afinal de contas, 9 meses sem pagar aluguel é foda, eu fui morar numa casa que eu não lembro de absolutamente NADA! Sei que era em Bodocongó. Antes que pensem e digam: "que porra é essa!?" , adianto-lhes que BODOCONGÓ é um bairro da cidade de Campina Grande - PB que comporta muitas das casa que eu já morei além dessa “segunda”. Lembrando que a primeira foi o bucho da genitora. A contagem é só dos lugares feitos de cimento e tijolo.

DUAS

Não sei o real motivo de ter saído dessa segunda, que na realidade foi a primeira, sei que saímos e fomos para outra no mesmo bairro... sim, sim, BO-DO-CON-GÓ!!!! Dessa casa eu lembro pouco, lembro de algumas coisas depois que vejo umas fotos. Mas essas casas não têm muita coisa de interessante pra falar, além do nome do bairro, não que eu lembre.

TRÊS

Depois dessa onda de "ós", saimos da Paraíba e fomos ao Ceará! Aqui, até onde eu me lembro, moramos no Bairro das Goibeiras. No início da década de 80 era um bairro tranquilo, tanto que o muro lá de casa era baixo e só morávamos agora eu (3 anos), meu irmao (4 anos) e minha mãe (poucos anos). Nas goiabeiras, passamos por duas casas, eu não lembro bem da seqüência, mas lembro das casas. Uma tinha buracos "ornamentais" na parede da varanda, outra tinha um galinheiro, pelo menos é assim que eu acho. Esse galinheiro era massa, eu catava os ovos das galinhas com o meu irmão pra jogar na janela do vizinho! Certa vez, depois de não ver mais graça em jogar ovos nos vizinhos, decidimos, sem consultar a minha mãe, desmontar o galinheiro pra fazer um navio, sim um NAVIO, pra tentar sair por aí pelo Atlântico. Não deu certo!

Ainda nessas casas, eu brinquei no mar com meu pai, que me deu uma câmara de ar de caminhão; montei ferrorama que não saía fumaça, mas meu pai fez com que saísse... E também conheci lá a morte. Numa dessas casas a gente criava uma coelha, o nome dela era Maricota. Certo dia foi atacada por Tubarão e, obviamente, Maricota não aguentou, morreu e eu fui apresentado à Morte.

NOTAS ESCLARECEDORAS: 1) Hoje em dia, o bairro GOIABEIRAS é dos mais perigosos de Fortaleza! Não indico! :P 2) Tubarão era o nome do cachorro do vigia da rua.

QUATRO

Daqui fomos para Campina Grande outra vez. Aqui eu posso começar uma pequena confusão sequencial. Sei que na volta à Paraíba eu morei no Bairro das Nações numa casa bem massa. Tinha piscina, tinha um terrenão na frente que a gente (eu, meu irmão e alguns vizinhos), brincava. Lembro uma vez que um coelho - que nao era a Maricota -, entrou embaixo do carro da minha mãe, que ficava do lado de fora da casa, e eu fui tentar tirar o coelho de lá. Pobre de mim!! Tinha um formigueiro embaixo do carro e as formigas me atacaram!!! Era noite e só lembro de sair correndo pra piscina. Matei TODAS elas afogadas! eheheheh Mas fiquei todo marcado pelas mordidas daquelas formigas...

CINCO

Depois fui para o bairro da Prata. Nesse bairro morei mais de uma vez, por isso devo fazer algumas confusões com acontecimentos, mas garanto que tudo deste parágrafo foi na mesma casa. Aqui era legal porque era na rua do colégio, dava pra ir andando e sozinho. Sem vizinhos da nossa idade, o jeito era se virar só com o meu irmão. Essa foi a época de brincar na Feira da Prata, baladeira, pião, Fidel, queda violenta de um muro (o muro que caiu), brincar de “pedinte”, brincar no lixo, andar de bike, levar paulada na cabeça, isso, PAULADA! Alguns não sabem, mas eu tenho uma irmã mais nova. Ela mal começou a andar e já pegou um cabo de vassoura e desceu na minha cabeça. Acreditem, ela achou isso tudo normal! Coisa do estilo Tom e Jerry.

SEIS

Depois de sair do bairro da Prata, eu vim morar na rua que eu moro hoje! Mas calma, pelos meus cálculos o post ainda nem chegou na metade e, obviamente, ainda tem muuuuuuita casa pra aparecer! Sei que nesta casa, que ainda resiste aqui na rua, foi um tempo bem massa! Lá, andei de skate, fiz estrelinha ninja com tampinha de garrafa, colecionei os copos do Trapalhões (da Pepsi), criamos uma gata e meu irmão quebrou o braço. Ainda bem que ele quebrou o braço! Digo isso por que a idéia inicial dele era se pendurar no fio de alta tensão! Ele saltou do muro em direção ao fio, não alcançou e POW, papocou o rádio!

SETE

Depois dessa casa do parágrafo anterior, fomos para um apartamento. Era a primeira experiência nesse tipo de moradia. Fui morar no prédio chamado Plínio Câmara, na rua Plínio Câmara. O meu apartamento era em cima do apartamento do minha tia. Essa época foi massa!!! Rolou choque em calango vivo, fogo em rato vivo, nós em antenas de carro, tiros de espingarda de chumbo, perturbações contra uma maluca que morava no térreo e acho que tá bom! :P Aaaah,,, um dado importante! Aqui passei a primeira Copa do Mundo que me vem em mente, a de 1990. Conheci Canniggia e Maradona da pior maneira possível...

OITO

Quando saímos desse apartamento, fomos para outro, agora mais longe, beeeem mais longe! A parada agora era em Recife. O novo apartamento era massa! Tinha mais vizinhos, menos loucos, e mais regras. Mas foi legal! Aqui catávamos bolas de golfe, aprendemos a fazer bomba d’água, jogar bila de um jeito completamente diferente do que estávamos acostumandos e conhecemos o melhor brinquedo "infantil" que já inventaram: LEGO! Como esse post é sobre "CASAS", não cabe falar sobre outras coisas que essa passagem pela Iputinga, nome do bairro em Recife, nos proporcionaram, mas foram muitas coisas....Aqui o prédio chamava Búzios.

NOVE

Daqui, eu e meu irmão fomos para onde? onde? Dica: "ó"!
Iiiiiisso!!! BODOCONGÓ!!!! Agora era outro apartamento! Show de bola, muitos vizinhos, muitos mesmo! Pra vocês terem uma noção, o bloco do apartamento do meu pai era o "E" e lá tinha do A ou Z, sem brincadeira! Aqui teve pipa, bila, "futiba", aventuras na "selva" e no rio de lixo - o rio de lixo era massa-, pára-quedas de saco... Aqui a gente fazia fogueira de São João direto, até quando não era São João! Carona na carroça do lixo era comum e pegar bigú no ônibus, idem! Aqui, nesse condomínio, moravam Hiroshima e Nagasaki. Não, não era o meu apelido e do meu irmão! Era o nome de duas meninas que moravam no bloco H, se não me engano.

DEZ

Depois do condomínio do alfabeto, fomos para o Conjunto dos Professores! É um bairro vizinho ao Bodocongó. Aqui era casa, teve vizinho demais e foi o tempo de jogar "betis", fazer casa na árvore, soltar pipa com cerol, jogar bila de aço, jogar bomba de São João na casa dos vizinhos, correr de ladrão. Além de Bodocongó, esse outro bairro fazia fronteira com uma favela, a favela do Pedregal, por isso,a gente sofria: carreiras, pequenos furtos e às vezes assaltos. Aqui rolou a Copa do Mundo de 1994 e eu conheci Baggio da melhor maneira possível :D !

ONZE

Fortaleza de volta!!!! Agora a casa é na Nunes Valente. Tem piscina, árvore, jardim que rola um futebol e pronto. Aqui não tinha vizinhos, mas a piscina compesava! Logo logo apareceu uma mesa de ping-pong e completou. Nesta casa rolou "laboratório" de ciência, ossadas de ratos, esqueleto de gato (levem tudo na literalidade), subidas no telhado e, nessa casa, em 1 de maio de 1994, vi o acidente da fórmula 1 que resultou na morte do Senna!

DOZE

Poucos anos depois: apartamento outra vez!!! Agora fomos para o "Segredo de Fátima". Morei no "Vermelho" por um tempo. Lá era massa por que era perto do GEO, dava pra ir andando. Dava pra “brincar” nos corredores na hora do banho dos vizinhos e quando a gente descia pra jogar bola, sempre rolava o grito: "Seu Antooooonio, a luuuuuz!!!"

TREZE

Do Irmão Lúcia, minha mãe e meu irmão foram pra um apartamento tão fuleragem que nessa época eu dormia mais na casa da minha avó do que naquele "cubículo" repleto de muriçoca e pouco espaço. Era horrível, dois quartos, UM banheiro com porta reversível, longe de tudo, perto de uma favela e de um esgoto gigante.


QUATORZE

Depois daquele "antro", fomos para Gal. Silva Júnior. Era pertinho do Geo e da vovó e ainda dava pra ir andando pra aula. Nessa casa, que era bem perto de onde eu moro hoje e no mesmo quarteirão da casa onde eu morei antes, fomos roubados em uma Semana Santa e levaram tudo. Com certeza o ladrão levou as coisas daqui num caminhão! Quando a gente chegou em casa, no domingo da Paixão, a geladeira estava na sala, não tinha mais TV, som, video-cassete, nada! Pra completar, ainda CAGARAM bem no meio da sala e limparam a bunda na rede que ficava na varanda (podem rir que essa parte é engraçada). Por conta disso, cachorros entraram na nossa vida. Black, Cumbe, Bruce, e outros que não latiam nem mordiam, mas às vezes perdiam dentes...Nessa casa repeti a sétima série!

QUINZE

Saindo da Gal. Silva Júnior, foi a vez da Pe. Leopoldo Fernandes nos receber outra vez! Agora morávamos na esquina. Era uma casa legal mas era velha! Batia-se pregos com a mão e a parede aceitava. Aqui, finalmente, deixei de dividir o quarto com o meu irmão! O Black morreu, a Lua chegou e aqui ficamos um bom tempo! Não necessariamente um tempo bom, mas não foi dos piores! Aqui rolou a Copa de 98, fui apresentado ao Sr. Zinedine Zidanne....Aqui também rolou a copa de 2002 e o R9 fez umas das últimas boas partidas da sua vida.

DEZESSEIS

Saímos da esquina! Minha mãe mudou de cidade e eu e o meu irmão continuamos na mesma rua. Agora moro na casa dos meus avós maternos! Não necessariamente na mesma casa, mas no mesmo terreno! Já estamos lá tem um bom tempo, acho que 7 anos...Aqui rolou a copa de 2006 onde o R9 entrou pra história com 15 gols nas Copas, mas também cagou o pau no geral. Eu já conhecia o Zidane e confirmei que ele joga muito, mas às vezes perde a cabeça e a Copa também. A Copa de 2010 foi nessa casa também. Dessa vez a Holanda deixou o Dunga bem zangado. Muito em breve devo mudar de ares, aguardem por novidades...

OBSERVAÇÕES FINAIS:

Eu lembro de ter passado uma temporada na casa dos meu avós de Campina Grande - paternos-, também, lá era muuuuuito massa!! A casa deles era enorme e cheia de coisas pra fazer. A gente morava num quarto do terraço.

Como eu sempre passava férias com o meu pai, essa passagem pela casa da minha avó pode ter sido num período de férias, mas vale ressaltar que eu passei esse tempo lá também!

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A melhor maneira de tentar ilustrar esse post foi eu mesmo desenhando umas coisas. O desenho ficou no início. Voltem e vejam como eu me garanto desenhando...

quarta-feira, 1 de junho de 2011

Poeta?

Não sou dos melhores poetas. Nem poeta eu sou!
Mas sempre que vem alguma coisa em mente eu tento escrever pra não perder.
Geralmente só vem besteira, mas eu guardo de qualquer maneira.
Vou escrever um poema agora que eu tenho certeza que muitas pessoas terão nojo na hora!
Mas não levem a mal, é tudo reação natural!
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(Pequena Fina)

A "feze" quando soa como a urina
Quando bate na água da latrina
Tem consistênicia daquilo que escorre da narina

E
que a criança nem liga
Escorreu, p
assa a língua!